Recentemente foi entregue, na Ordem dos Médicos, um Manifesto intitulado “Pelo fim das competências médicas em terapias não convencionais. Insistir na complementaridade: até quando e a que custo?” onde a Acupunctura Médica é contemplada.
O termo “terapias não convencionais” é um uma designação abrangente, lata, imprecisa e cega para as características individuais das entidades englobadas. Assim sendo, agrupa conjuntamente, a Acupunctura Médica, a Acupunctura Tradicional Chinesa, bem como o Reiki, a Homeopatia, a Reflexologia, entre outras, cujo nível de evidência científica variam grandemente.
A Acupunctura Médica, também designada Acupunctura Contemporânea, tem demonstrado evidência clínica e científica no tratamento da dor de várias etiologias, assim como na melhoria da função orgânica em diversas patologias; quando associada a terapêuticas convencionais ou como modalidade individualizada.
A acupunctura Médica diverge daquela praticada na Medicina Tradicional Chinesa pelo facto de realizar e orientar-se por diagnósticos Médicos, recorrer a meios complementares de diagnóstico convencionais e, acima de tudo, reger-se por uma ÉTICA MÉDICA que assegura a sua aplicação, em concordância com as indicações definidas à luz do conhecimento atual; regula o tipo e a duração dos protocolos de tratamento, com base em fundamentos anatómicos, fisiológicos, da biologia celular e de neuromodulação; e garante regras de higiene e segurança, bem como respeita as suas contra-indicações.
Por considerar injusto e infundamentado, por demonstrar um profundo desconhecimento da realidade da Acupunctura Médica, e por ter sido posta em causa a integridade moral e o bom nome dos Médicos Portugueses que a praticam, damos conta que a Sociedade Portuguesa Médica de Acupunctura (SPMA) e o Colégio da Competência em Acupunctura Médica emitiram uma resposta individual e sinérgica contrária aquele manifesto, bem como foi lançada uma petição online de apoio a esta resposta (partilhada inferiormente).
